Episode 163

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19th Dec 2025

GUERRA, LÍDERES E SÍMBOLOS - RIO DE JANEIRO. CAPÍTULO 03

Na conclusão da entrevista com Daniel Souza, autor do livro “Guerra, Líderes e Símbolos. A História das Facções Criminosas e Milícias do Rio de Janeiro”, miramos o papel do sistema prisional como centro de poder, a influência da mídia na construção de mitos, os limites da repressão e as possibilidades de ruptura e transformação para o futuro da segurança pública no Rio de Janeiro e no Brasil.

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Transcript
ANFITRIÃO:

Honoráveis Ouvintes! Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do Hextramuros! Sou Washington Clark dos Santos, seu anfitrião! No episódio anterior, nosso convidado, Daniel Souza, autor do livro “Guerra, Líderes e Símbolos. A História das Facções e Milícias do Rio de Janeiro”, respondeu sobre a formação histórica das facções, a sucessão de gerações criminosas e a delicada relação entre o Estado e o poder paralelo.

No conteúdo de hoje, miramos para um dos pontos mais sensíveis e estratégicos dessa discussão: o sistema prisional, espaço que acabou se tornando, em muitos casos, o verdadeiro núcleo de comando e expansão das organizações criminosas!

Daniel; o sistema penitenciário é apresentado em sua obra como um epicentro de poder e reprodução das facções. Como as prisões brasileiras, especialmente as do Rio, se transformaram em polos de comando? Há, na sua avaliação, algum modelo institucional capaz de interromper esse ciclo e evitar que o cárcere continue sendo um multiplicador do crime organizado?

CONVIDADO:

Essa pergunta é uma pergunta extremamente importante! E, quando a gente tenta fazer uma análise, e é uma análise bem profunda, que, às vezes, eu respondendo de forma mais curta ou mais simplificada, sem a gente mergulhar muito no debate, vai parecer até que eu estou sendo extremamente superficial, mas vou tentar só passar a visão de uma faceta, de um pouquinho do que eu visualizo em relação a isso, que é a questão dos presídios se transformando em polos de comando, e a gente volta bastante na questão da tradição. Quando a gente analisa o desenvolvimento das facções criminosas, esse desenvolvimento se deu nos presídios. E dentro dos presídios, os seus membros, exportaram boas práticas ou a ideia de união e de organização do crime, surgindo o crime organizado no Brasil. E, naturalmente, esses idealizadores ou essas pessoas de destaque, que já tinham destaque no mundo do crime e estavam apenas encarceradas, elas exerceram comando e por várias formas difundiram suas ideias, não apenas fugindo da cadeia! Eles compartilharam ou desenvolveram, dentro das cadeias, a ideia de organizar o crime e exportaram, tendo contato com pessoas lá de fora, seja advogados, seja visitas, seja outras formas de tentar chegar do lado de fora, até, antes de existirem os celulares, que são as formas hoje mais utilizadas. E o sistema penitenciário, a nível nacional - mais, o estadual especificamente - ele sempre careceu de investimento, de efetivo! Eu não gosto nem de trazer essa ideia, mas eu acho que é uma ideia bem pertinente nesse contexto, que ele nasceu fracassado! Porque ele nunca teve o seu valor! Então, a gente vê algumas pessoas falando que o nosso sistema penitenciário não ressocializa o prisioneiro! E ele fica ocioso e só pensando em uma forma de fugir ou de organizar o crime! Só que a gente vê, por exemplo, nos presídios federais, que são presídios nos quais o regime é bastante rígido, quase que personificado, porque são poucos presos e uma estrutura gigante para controlar esses presos. E a gente vê que, ainda assim, grandes lideranças continuam mandando nas suas organizações e dando ordens estratégicas para organização. Então, será que as boas condições fariam eles não continuarem mandando nas suas organizações? Acredito que não! Só que, isso causa bastante dificuldade! E por que essas organizações e o sistema penitenciário acaba sendo um epicentro de poder? Porque, além deles não estarem imersos em atividades dentro da estrutura do sistema penitenciário, dentro do presídio, no qual eles estão fazendo parte, eles gozam também de vários benefícios ou vários meios para eles terem mais facilidade ainda de tocar suas organizações criminosas! São celulares dentro da cadeia, várias visitas e visitas de advogados que muitos deles - não vou trazer um discurso que pareça ser uma regra - mas, todos sabem que existem advogados mal-intencionados, que servem de leva-e-traz de recado. Tanto para organização, quanto para o local de domínio do criminoso. Enfim, essas várias lacunas do sistema penitenciário fizeram as lideranças das organizações continuarem mandando nos seus grupos! E como essas organizações, essas facções nasceram dos presídios, então, a gente junta um simbolismo - uma tradição - com a impunidade, com a falta de uma imersão, a falta de uma atividade do indivíduo! Então, é uma soma de vários problemas que acabam desaguando no crime e na impunidade e que parece que é algo que é restrito a um problema da polícia penal - e que não é! – é um problema de Estado, de forma geral! A gente precisa rever a nossa legislação! A gente precisa ter controles muito mais rígidos nessas lideranças de facções, nas questões de visitas, nas questões dos advogados - esse meio quase que intocado deles atuarem, acaba favorecendo os mal-intencionados a utilizarem isso pelo bem da organização criminosa. Então, são várias questões que a gente precisa refletir e tem que ser uma reflexão a nível de sociedade brasileira mesmo!

ANFITRIÃO:

O livro menciona a forma como a mídia, muitas vezes, reforça mitos e estereótipos sobre o crime. Na sua percepção, como a cobertura jornalística contribui para criar ou desconstruir os heróis e vilões do tráfico e das milícias?

CONVIDADO:

Essa questão da mídia ela acaba sendo algo bastante importante para a gente debater. Só que eu vejo hoje um movimento diferente de uma década atrás ou até um pouco mais! E hoje eu vejo que a mídia, existe uma parcela da mídia especializada e a gente aqui está se referindo a organizações criminosas, segurança pública. A gente vê uma parcela da mídia, um grupo da mídia, altamente especializado, muito mais consciente do seu potencial de poder fortalecer ou enfraquecer o crime através do seu discurso, das suas pautas. E aí a gente vê, inclusive, vários veículos midiáticos num forte movimento de desconstrução de algumas ideias do crime, dos criminosos. E, talvez, isso reflita até um pouco do quanto a população brasileira, principalmente do Rio de Janeiro, está cansada da impunidade, da desmoralização das forças policiais. Então, a mídia, de fato, até hoje, tem muita força na opinião pública e o posicionamento da mídia principalmente quando acaba relativizando de uma forma muito acintosa, acaba relativizando a atuação do crime e dos criminosos, ao ponto de quase que condenar as polícias, as forças de segurança, isso acaba, de alguma forma, fortalecendo essas organizações, principalmente no campo do simbolismo, que é algo que a gente está falando bastante aqui. E fortalece as organizações criminosas e enfraquece as forças policiais, que também são movidas por esse simbolismo, por essa necessidade de reconhecimento. E, ao contrário, quando a mídia atua de forma cirúrgica para conseguir, de alguma forma, demonstrar o quão perigoso e o quão problemático é esse meio de atuação do crime, a gente consegue observar a opinião pública se voltando contra essas organizações e os seus membros e isso acaba sendo também uma válvula de enfraquecimento dessas organizações. E a gente vê inclusive que as próprias polícias do Rio, por meio de redes sociais, por meio dessa guerra de narrativa, têm atacado e combatido esse simbolismo das organizações criminosas. As polícias, hoje, estão também altamente especializadas nessa comunicação com a sociedade, então a gente vê bastante, vídeos institucionais demonstrando os problemas que as organizações criminosas causam para a população, os crimes bárbaros, a violência utilizada. Enfim, hoje a gente vê que a gente tem uma mídia muito mais consciente desse trabalho e a gente também vê as polícias caminhando nessa guerra informacional que é extremamente importante!

ANFITRIÃO:

Após décadas de operações, Unidades de Polícia Pacificadora - as UPPs - e programas de segurança pública, o Rio ainda convive com a fragmentação territorial e o poder paralelo. Por que, em sua análise, as políticas de repressão não conseguiram desarticular as estruturas do crime? Há espaço para uma política de Estado que combine repressão inteligente, controle de armas e inclusão social?

CONVIDADO:

Essa é uma questão bem profunda, e que às vezes a gente vê pessoas com pontos de vista bastante pertinentes sendo mal interpretadas e, também, a gente acaba vendo outras pessoas expondo sua opinião de forma bem rasa ou politizada! E a repressão sozinha, ela não vai desarticular o crime. Só a gente analisar qual foi a dinâmica de enfrentamento do Estado do Rio de Janeiro que, sozinho - e isso vale a gente destacar - porque, nunca o Estado - e quando eu falo Estado é o Brasil, a nação - quis enfrentar de forma séria as organizações criminosas que foram crescendo, crescendo e, hoje, se tornaram um problema gigantesco e de difícil combate! Cada vez, é mais difícil conseguir combater essas organizações! E quando a gente remete ao poder paralelo dessas organizações criminosas no Brasil e, sobretudo no Rio de Janeiro, que é o foco da minha obra, a gente vê que esse poder paralelo é realizado através da dominação de territórios, através do territorialismo! E dessa maneira, o combate a essas organizações deve ser feito em várias frentes. A repressão é uma delas, de fato! As operações policiais é uma das formas de conseguir combater essas organizações! Só que, também, há outras ferramentas para que essa desarticulação seja eficaz! Por exemplo, o combate à estrutura financeira dessas organizações é algo que não é feito de forma eficaz e deve ser um dos focos para esse combate. Não combater apenas a organização, mas combater também as empresas envolvidas na lavagem de dinheiro dessas organizações criminosas, os

o rastreamento das armas e das drogas, tanto dos meios utilizados para essas armas e drogas chegarem, quanto às rotas, quais são os caminhos realizados, quem são os indivíduos envolvidos nessas rotas e nesse transporte. Então, o combate a essa dinâmica também é extremamente importante! E, além disso, nós temos que repensar a nossa legislação, com foco em punições mais rígidas aos membros das organizações criminosas, principalmente as lideranças, além de dispositivos legais que tenham uma capacidade menos burocrática e mais eficaz de reverter o dinheiro apreendido dessas organizações e de todos esses esquemas ilícitos que envolvem essas organizações criminosas, revertendo esse dinheiro para o Estado.

E aí, esses capitais sendo aplicados tanto na segurança pública, para fortalecer as polícias, a atividade de inteligência, investir melhor nos presídios e nas atividades e na estrutura dos presídios, mas, também, uma parte dessa reversão de capitais para educação e saúde, principalmente, para investir nessas duas linhas nos locais mais pobres, criando assim um ciclo de combate ao crime, virtuoso!

ANFITRIÃO:

Como enxergas o impacto das tecnologias como redes sociais, criptomoedas e inteligência artificial na reorganização das facções e milícias nas próximas décadas? O clima organizado do futuro será igual ao de hoje?

CONVIDADO:

Essa resposta, a respeito de como as tecnologias, redes sociais, criptomoedas, IA, influenciariam na reorganização das facções e como seria o futuro das facções, ela é bem, uma pergunta bem pertinente, bem importante, a gente trazer à luz e até de difícil análise, atualmente! E a gente sabe que toda a sociedade está naturalizando cada vez mais as ferramentas de tecnologia. E essas ferramentas têm otimizado as atividades de todo mundo, inclusive das organizações criminosas! E elas têm otimizado as atividades ilícitas das ORCRIMs, mas também as lícitas, sobretudo, lícitas relacionadas à lavagem de dinheiro! Então, essas ferramentas estão sendo decisivas para simplificar e até dificultar a atuação das forças policiais, das forças de segurança pública. Por exemplo, as criptomoedas têm gerado grandes dificuldades no rastreamento do dinheiro das organizações criminosas por parte dos órgãos de investigação. Porque além de serem poucas as ferramentas legais para dar legitimidade à atuação nas criptomoedas, essas criptos também têm diversas ferramentas de criptografia e de proteção. É difícil conseguir rastrear quem são os proprietários, quem são os donos dessas moedas. Elas podem ir de um lugar para o outro muito rapidamente! Então, as forças policiais têm tido grande dificuldade no uso das criptomoedas! E as redes sociais, elas também hoje otimizaram bastante a comunicação dos membros das organizações. E hoje as redes sociais, por exemplo, WhatsApp, Telegram, entre outras, essas redes tornaram a troca de comunicação e de mensagem entre seus membros altamente eficaz, com uma criptografia de difícil quebra, uma difícil rastreabilidade! As forças policiais têm tido diversas barreiras para conseguir acessar essas comunicações e, hoje, o Estado tem precisado investir alto em ferramentas que consigam acessar e quebrar essas barreiras tecnológicas desses aplicativos, dessas redes sociais de troca de mensagens que hoje são utilizadas de forma bem natural pelas organizações criminosas! Também, outras redes sociais são utilizadas na difusão do simbolismo das organizações para captar jovens para suas fileiras. Redes sociais e grupos em redes sociais são utilizados para intimidar inimigos, até expondo violências por parte dessas ORCRIMs, extremamente territorialistas, e acabam utilizando algumas ferramentas para intimidar, para fazer propaganda da organização. Então, elas são bastante utilizadas atualmente por estes grupos, pelas facções e milícias. E aí, para pavimentar a resposta e para até finalizar, é difícil a gente saber como elas poderão futuramente modificar a atuação das ORCRIMs do Rio de Janeiro, por um motivo que é bem questionável, porque a gente tem acompanhado que as redes sociais estão transformando as relações entre as pessoas: é cada vez mais distante, menos presenciais e mais digitais, porém, a gente tem assistido no Rio de Janeiro que as facções e milícias estão cada vez mais territorialistas e cada vez mais ostensivas e dominadoras em seus territórios! Então, essa atividade de territorialismo e de atuação cada vez mais presencial e de mais dominação nas suas áreas de influência, essa questão das ferramentas tecnológicas tornarem as atividades não presenciais, elas estão indo de encontro com o movimento atual das ORCRIMS no Rio de Janeiro. Então, é difícil a gente saber se a longo prazo o Comando Vermelho, o Terceiro Comando Puro, a ADA e as milícias vão ser menos territorialistas. Difícil a gente prever isso, porque a gente acompanha ano a ano que o domínio e a presença nos locais que eles exercem influência, elas estão cada vez mais fortes, mais dominadoras! Então, é difícil a gente fazer uma previsão a curto e médio prazo - talvez - a longo prazo, com a atuação das forças policiais mais eficaz, talvez elas comecem a ir para o lado menos presencial, mais digital. Mas, hoje, não é a tendência que a gente enxerga.

ANFITRIÃO:

Depois de mergulhar em um tema tão complexo e doloroso, que impacto você espera que “Guerra, Líderes e Símbolos” produzam no leitor, principalmente no formulador de políticas públicas?

CONVIDADO:

Eu acredito que a história se repete permanentemente. A gente vive um eterno ciclo e a gente, quando não entende o nosso passado, quando não entende a história, a gente tende a repetir os mesmos erros! O que eu busquei nessa obra foi demonstrar que a história se repetiu por várias vezes e, nessa área de segurança pública, de organizações criminosas, cada repetição foi gerando resultados cada vez mais catastróficos e desastrosos! Esse tema mexe com vidas! Mexe com a saúde mental, física dos membros da sociedade. A gente vê que a omissão do Estado, a corrupção e as ações políticas equivocadas se repetiram e continuaram se repetindo. Quem sabe a gente consiga, com essa obra, construir uma fonte de consulta, não só para os operadores de segurança pública, mas para pesquisadores que queiram aprofundar várias questões, para formuladores de políticas públicas que poderão enxergar erros do passado para não cometê-los novamente! A ideia foi essa. Acredito que eu tenha criado mais uma fonte para quem se interessa verdadeiramente por esse tema. A intenção de escrever essa obra veio muito mais de uma necessidade minha, pessoal, como profissional de segurança pública, como policial militar, como profissional de inteligência, que sentiu uma lacuna na sua formação e que não viu e que não encontrava obras e nem professores que tivessem estudado a fundo esse tema. Então eu fui juntando o conhecimento, juntando a história dessas organizações criminosas e desse processo de desenvolvimento do crime no Rio de Janeiro. E aí eu consegui estruturar mais uma fonte, que já temos muitas outras fontes, muitas obras importantes. E eu acredito que eu tenha criado mais uma que possa auxiliar na difusão desse conhecimento. Eu espero poder ajudar o leitor e a construir uma massa crítica, para que a gente entenda melhor esse fenômeno das organizações criminosas, que estão crescendo de maneira acelerada por todo o Brasil! O Rio de Janeiro acabou exportando o modelo de organizações criminosas, principalmente de tráfico de drogas, para o resto do Brasil. E essas mesmas facções agora estão se espalhando! Eu acho que vai servir como uma fonte para muitas pessoas no Brasil todo.

ANFITRIÃO:

Caríssimo, marchando para o final de nossa conversa, repriso os meus agradecimentos pela sua fundamental colaboração e o parabenizo pela excelência da pesquisa! Desejando muito sucesso, deixo este espaço para suas considerações finais. Fraterno abraço!

CONVIDADO:

Primeiramente, eu gostaria de agradecer o convite do senhor! Dizer que eu fico muito feliz em poder compartilhar um pouquinho do que motivou minha pesquisa, falar de algumas nuances da minha obra e até desenvolver outros pontos que me ajudaram a repensar e refletir sobre várias questões que eu explorei no meu livro! E dizer que essa entrevista foi extremamente engrandecedora para mim! Me trouxe várias lições! E espero que a audiência se interesse pelo meu livro! Com certeza, os senhores não irão se arrepender! Ele está sendo vendido nos principais veículos de venda, como Amazon, Google Play, Apple Books, entre outros. Foi um prazer estar aqui! Espero que o livro ajude quem ler a ampliar os seus horizontes sobre o fenômeno da expansão das facções criminosas e o surgimento delas. E dizer que estou aberto para outros convites. Foi um grande prazer e gostaria de deixar um abraço para o senhor! Muito obrigado, fica com Deus! Estou à disposição para outras oportunidades!

ANFITRIÃO:

Honoráveis Ouvintes, este foi mais um episódio do Hextramuros! Sou Washington Clark do Santos, seu anfitrião! Acesse nosso website e saiba mais sobre este conteúdo! Inscreva-se e compartilhe nosso propósito! Será um prazer ter a sua colaboração! Pela sua audiência, muito obrigado e até a próxima!

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About the Podcast

Hextramuros Podcast
Vozes conectando propósitos, valores e soluções.
Ambiente para narrativas, diálogos e entrevistas com operadores, pensadores e gestores de instituições de segurança pública, no intuito de estabelecer e/ou ampliar a conexão com os fornecedores de soluções, produtos e serviços direcionados à área.
Trata-se, também, de espaço em que este subscritor, lastreado na vivência profissional e experiência amealhada nas jornadas no serviço público, busca conduzir (re)encontros, promover ideias e construir cenários para a aproximação entre a academia, a indústria e as forças de segurança.

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Washington Clark Santos

Produtor e Anfitrião.
Foi servidor público do estado de Minas Gerais entre 1984 e 1988, atuando como Soldado da Polícia Militar e Detetive da Polícia Civil.
Como Agente de Polícia Federal, foi lotado no Mato Grosso e em Minas Gerais, entre 1988 e 2005, ano em que tomou posse como Delegado de Polícia Federal, cargo no qual foi lotado em Mato Grosso - DELINST -, Distrito Federal - SEEC/ANP -, e MG.
Cedido ao Ministério da Justiça, foi Diretor da Penitenciária Federal de Campo Grande/MS, de 2009 a 2011, Coordenador Geral de Inteligência Penitenciária, do Sistema Penitenciário Federal, de 2011 a 2013.
Atuou como Coordenador Geral de Tecnologia da Informação da PF, entre 2013 e 2015, ano em que retornou para a Superintendência Regional em Minas Gerais, se aposentando em fevereiro de 2016. No mesmo ano, iniciou jornada na Subsecretaria de Segurança Prisional, na SEAP/MG, onde permaneceu até janeiro de 2019, ano em que assumiu a Diretoria de Inteligência Penitenciária do DEPEN/MJSP. De novembro de 2020 a setembro de 2022, cumpriu missão na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, no Ministério da Economia e, posteriormente, no Ministério do Trabalho e Previdência.
A partir de janeiro de 2023, atua na iniciativa privada, como consultor e assessor empresarial, nos segmentos de Inteligência, Segurança Pública e Tecnologia.