FÉ E CRIMINALIDADE: A INFLUÊNCIA DA RELIGIÃO NAS COMUNIDADES CARIOCAS. BLOCO 1
Este episódio inaugura a série "Fé e Criminalidade", que investiga as interseções entre religião, criminalidade e segurança pública no Brasil, com um foco especial nas comunidades do Rio de Janeiro. José Cláudio Souza Alves, um renomado especialista em sociologia da violência urbana nos conduzirá nesta jornada que abrange como a fé e as práticas religiosas atuam como forças transformadoras em territórios marcados pela violência e pelo crime organizado, ao mesmo tempo que se tornam elementos estratégicos nas dinâmicas desses ambientes.
Saiba mais!
- 31/01/2025
- NATALINO GUIMARÃES
- Terceiro Comando Puro – Wikipédia, a enciclopédia livre
- Peixão
- Milícias
- Câmpus Nova Iguaçu - UFRRJ
- Livro Oração do Traficante
- Entrevista do convidado
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Transcript
Honoráveis Ouvintes! Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do Hextramuros! Sou Washington Clark dos Santos, seu anfitrião! No conteúdo de hoje, iniciamos a série Fé e Criminalidade, uma abordagem sobre as interseções entre religião, criminalidade e segurança pública no Brasil, com foco nas dinâmicas únicas e multifacetadas presentes em comunidades do Rio de Janeiro. Essa série busca compreender como a fé e as práticas religiosas influenciam a vida em territórios marcados pela violência urbana, redes criminosas e desafios de governança. Nessas comunidades, constata-se que a religião surge como força transformadora e, ao mesmo tempo, elemento estratégico dentro das dinâmicas do crime organizado. Esclarecer sobre essas complexas relações e refletir sobre seus impactos na segurança pública, nas relações sociais e na construção de políticas mais eficazes para o enfrentamento desse cenário é o nosso propósito. Para inaugurar essa jornada, tenho a honra de receber José Cláudio Souza Alves, uma das vozes mais respeitadas quando o assunto é sociologia da violência urbana no Brasil. Graduado em Estudos Sociais pela Fundação Educacional de Brusque, em Santa Catarina, Mestre em Sociologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro e Doutor em Sociologia pela Universidade de São Paulo, nosso convidado é professor titular da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Com décadas de experiência, ele é referência em estudos sobre criminalidade, milícias, grupos de extermínio e segregação socioespacial, com foco especial na Baixada Fluminense. Dividida em dois blocos, esta entrevista vai explorar como o entrelaçamento de religião e criminalidade molda as comunidades cariocas e como essas dinâmicas se conectam a questões mais amplas de segurança pública, segregação e poder no Brasil. Vamos explorar como a fé, usada tanto como ferramenta de poder quanto como refúgio, influencia os territórios e suas populações. Saudando-o com as boas-vindas, Mestre, agradeço a gentileza em aceitar o convite e abrilhantar a este canal com a sua participação! Uma honra tê-lo conosco! Considerando a complexa relação entre religiões, traficantes de drogas e poder político local, incluindo o estado, na Baixada Fluminense, como essa dinâmica se relaciona com a organização das milícias no Rio de Janeiro e qual o papel da religião nesse contexto?
José Cláudio Souza Alves:Muito bom estar aqui com vocês! Eu acolho esse convite! Muito bom estar falando sobre esses temas aqui! Agradeço a possibilidade de estar fazendo essa reflexão com vocês, com os ouvintes, com as pessoas que acompanham esse debate! A relação entre grupos armados e grupos religiosos no Brasil é uma relação já consolidada, sempre ela existiu ao longo da história do país! Não é uma coisa recente, mas ela ganha mais vulto, principalmente no ambiente urbano, de grandes periferias, cidades muito amplas, onde a estrutura religiosa tem uma rede, tem uma malha de cobertura e de aproximação que, frequentemente, vai conviver com a estrutura e com a malha de atuação dos grupos armados, tanto do tráfico de drogas, como das milícias e como da estrutura armada do Estado. Toda a estrutura armada do Estado, com os vários grupos armados de atuação que existem dentro da estrutura de segurança pública, eles também vão conviver com a estrutura religiosa e vão criar, também, seu próprio universo de interseção com a religiosidade, com as expressões religiosas, com a dimensão da fé. Essa dimensão da fé, essa dimensão da compreensão do mundo ao redor das pessoas e a atuação nesse campo, dessa percepção, dessa sensibilidade de como lidar com o sofrimento, como lidar com a dor, como lidar com a fome, a miséria, o desemprego, a dependência química, como lidar com os vários problemas do mundo, da violência urbana, como lidar com os problemas da saúde, da educação, todo esse universo social vai ser transversalizado pela atuação religiosa e os grupos armados vêem nesse espaço religioso transversal a todas as dimensões sociais citadas aqui, como uma grande possibilidade, como uma grande forma de se fazer presente, de atuar, de se tornar um benfeitor. A dimensão dos grupos armados nunca pode ser compreendida apenas pelo lado da violência, da dor, do sofrimento, da ameaça, da morte, daquilo que traz prejuízo e dano à vida alheia. Nunca pode ser olhada só por esse lado. A atuação dos grupos armados tem a ver também com benefícios, com ganhos, com negociações, com beneficiamento de práticas e de projetos políticos projetados. Tem a ver com se constituir como um benfeitor para uma comunidade. Então nunca é só a face coercitiva e violenta! Sempre, você terá uma face também do consenso, do bem-estar buscado, dos grupos favorecidos, das pessoas que vão se beneficiar de alguma forma com essa atuação. Então nunca olhar para os grupos armados apenas em uma mão, apenas em uma direção. Você tem que olhar nas várias direções que esses grupos atuam. No caso miliciano, é muito presente isso, já que as milícias se constituem como um grupo armado que controla o território, eles vão controlar o território a partir da convivência com as estruturas de poder do território. Então, essas estruturas de poder do território são estruturas de poder marcadas pela negociação, pela convivência, pelos problemas comuns enfrentados. A milícia vai se imbuir da busca por soluções, por constituir-se como liderança política, por negociações. Os grupos religiosos vão ser acessados pela estrutura miliciana e vão receber benefícios, vão receber recursos financeiros, mas podem receber determinados bens que eles estão necessitando para o desenvolvimento da sua ação religiosa, pode ser uma obra, pode ser um equipamento de som, pode ser um transporte para levar a comunidade em determinada atividade, pode ser ter uma rua asfaltada para ter um acesso melhor àquela igreja, àquela comunidade religiosa e, então, não é só a milícia e o grupo religioso, é a milícia, o grupo religioso e a estrutura política pública que funciona ali: a prefeitura, o vereador, o prefeito. Eles são, também, parte dessa estrutura de atuação naquele território. A questão relacionada à segurança, por exemplo, conflitos com grupos de traficantes que podem ter a solução desses conflitos a partir de uma interação com a área pública de segurança pública ou também com a área mais criminal. Você pode ter a atuação de grupos de extermínio nessa região a partir do interesse de uma comunidade religiosa, de grupos políticos ali presentes, e da interação com a estrutura miliciana, que normalmente articula essa dimensão política, pública, a estrutura privada, criminal, e a estrutura diretamente comunitária, religiosa. Então, são articulações de diferentes estruturas que estão ali presentes, e a milícia sabe fazer isso muito bem. Ela sabe projetar lideranças que são vinculadas a ela, sabe dar benefícios, sabem consolidar trajetórias políticas bem-sucedidas, apoio a candidaturas, impedimento que outros candidatos estejam presentes, financiamento de campanhas, articulações entre uma estrutura como por exemplo a de vereadores com a estrutura da prefeitura a partir de interesses comuns. E o mundo religioso se transforma em uma grande porta de acesso a comunidades, e essas comunidades acessadas vêem no mundo religioso uma possibilidade de superação de vários problemas, de várias dimensões que aquelas comunidades enfrentam. O mundo religioso é o que está mais próximo a esse universo de sofrimento, de dor, de perda, de negação de direitos. E a partir dessa proximidade do mundo religioso com esse universo popular, de gente excluída, de gente sofrida, de gente segregada, de gente estigmatizada pela sociedade, você tem uma porta de acesso da estrutura política e da estrutura dos grupos armados a essa comunidade. Então aí você tem um conjunto de interações que vão permitir que essa comunidade religiosa seja acessada e trabalhada por interesses outros no campo político e no campo criminal também de grupos armados!
Washington Clark dos Santos:Observando a atuação de milícias e traficantes rivais, há uma diferença significativa na forma como cada grupo utiliza a religião para seus fins?
José Cláudio Souza Alves:Há um histórico no Rio de Janeiro de aproximação entre uma das facções do tráfico, denominada Terceiro Comando Puro, com a estrutura do mundo evangélico. Isso tem um histórico retratado num livro chamado “Oração de Traficantes”, da Cristina Vital, uma antropóloga da Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro, e ela vai mostrando toda uma transformação que ocorreu nessa comunidade, isso nessa Favela de Acari e isso vai depois ter impacto na construção do que hoje nós conhecemos na cidade do Rio como o Complexo de Israel que é um conjunto de comunidades que, hoje, estão sob o controle do Terceiro Comando Puro e possuem uma vinculação muito forte com o mundo evangélico, a ponto de eles se constituírem com essa identidade de Complexo de Israel numa referência ao mundo religioso, bíblico voltado para as questões de Israel. Eles vão ter um tipo de comportamento, de atuação do grupo armado sobre a liderança do chefe dele chamado Peixão, que vai expressar muito a prática desse grupo armado. Eles são mais incisivos, eles executam pessoas, vão bloquear acesso a outros grupos religiosos, eles vão estabelecer símbolos da sua atuação religiosa! Símbolos visíveis como uma imensa estrela de Israel nessa comunidade! Eles vão bloquear o funcionamento de terreiros e de igrejas católicas. Então, esse é um tipo de prática que se encontra hoje presente nesse Complexo de Israel. A atuação miliciana não tem essa expressão dessa forma. Ela vai estar mais orgânica à estrutura religiosa, sem grandes bloqueios. Talvez, o que eu possa dizer é que esses impedimentos que a estrutura do Terceiro Comando Puro estabelece está relacionada à própria estrutura de poder do Terceiro Comando Puro, que é uma estrutura calcada num controle territorial imediato, ali no local! Um bloqueio de acesso, um controle muito mais imediato e físico, visível, que é onde se estabelece o poder do Terceiro Comando Puro, já que ele não tem o que a milícia tem! Como a milícia tem uma dimensão estatal de presença na área de segurança pública por dentro do Estado, diretamente conectada com grupos políticos que controlam o Estado, que controlam a estrutura do Legislativo e do Executivo e também do Judiciário. Como a milícia tem uma estrutura de poder muito mais robusta e fortalecida, eles não necessitam de bloqueio físico imediato no território de grupos religiosos, de pessoas, projetos que eles considerem rivais ou inimigos. Eles têm uma atuação mais hegemônica, uma atuação menos visível, portanto, menos exposta, e uma atuação mais eficiente de benefícios, de recursos, de favorecimentos, de negociações, de controle de conflitos que vão favorecer a estrutura miliciana, ou seja, a estrutura miliciana é mais blindada, ela é mais protegida, não é tão exposta!
Washington Clark dos Santos:De que maneira os trajes, especialmente os associados a grupos evangélicos, são utilizados pelas milícias como instrumento de controle social nas comunidades? Essa prática se diferencia do uso de vestimentas por outros grupos como os traficantes rivais?
José Cláudio Souza Alves:Essa dimensão dos trajes depende muito de como a estrutura dos grupos armados está interagindo. O uso dos trajes, não só dos trajes, do espaço, o uso da linguagem, o uso dos rituais, o uso do conhecimento de toda a doutrina religiosa. Os múltiplos usos que se pode fazer dentro de uma estrutura religiosa vai ser de acordo com essa estrutura de poder, como ela se aproxima. Um traficante pode ter símbolos de pertencimento, por exemplo o caso do Peixão, que domina o Complexo de Israel, que é um conjunto de favelas e de bairros, ele vai ter uma simbologia, uma forma de atuar, uma forma de presença diferenciada, por exemplo, de um miliciano que tem uma passagem por estruturas de mandatos de vereadores, que vai ter uma estrutura de poder político visível e que interage com aquela comunidade. Então, tudo isso que a gente vê depende muito dessa forma de interação da estrutura de poder do grupo armado com a estrutura de poder do Estado e em si mesmo na relação direto com aquela comunidade religiosa. Tem detalhes que vão só ser observados na prática, então teria que ter um trabalho de campo, uma ida concreta nessas comunidades religiosas para ver a expressão detalhada das roupas, dos costumes, das práticas, dos rituais religiosos, da doutrina de toda a dimensão de louvor, do hinário, da pregação especificamente da liderança religiosa, para você tentar compor um quadro mais detalhado. Eu já acompanhei, por exemplo, uma comunidade onde a presença era forte do Comando Vermelho em disputa com um grupo de miliciano que chegou no local. Isso foi em dois mil e quatorze, dois mil e quinze, quando eu acompanhei essa comunidade lá em Seropédica. Os detalhes ali estavam nas formas como esses jovens moradores dessas comunidades, jovens que estavam envolvidos no tráfico, tentavam sobreviver ao massacre que se seguiu, já que a milícia entra e começa a executar esses jovens. E aí, toda uma estratégia de retirada desses jovens, de colocá-los em proteção em outras cidades fora do Rio de Janeiro, com familiares de fora do Rio, ou tentando colocá-los em outras comunidades no Rio de Janeiro mesmo, levá-los para comunidades terapêuticas, para clínicas de reabilitação frente ao uso da droga, famílias que vão passar a se mudar, se deslocar do local. O suporte que a igreja dava para esses deslocamentos, para esse acesso a comunidades terapêuticas e clínicas de desintoxicação ou clínicas para tentar reabilitar pessoas dependentes químicas. Era um conjunto de recursos para dar alimentação e garantias de sobrevivência para esses jovens que tentavam sair do tráfico. Então as comunidades faziam esse movimento tentando proteger os seus membros. E isso é comum dentro do mundo religioso. Tudo isso faz com que práticas, roupas, rituais, a funcionalidade religiosa comece a existir em função de um projeto, de uma rede de proteção para esses jovens. Isso eu vi! isso é possível, sim! Isso acontece! Mas, também, tem suas contradições: numa mesma comunidade você pode ter diferentes facções do tráfico! E numa mesma família você pode ter membros de diferentes facções do tráfico! Isso pode gerar conflitos de uma intensidade muito alta, inclusive, gerando mortes, mortes internas a uma estrutura religiosa e familiar que está ali presente! Isso é muito duro! É muito doloroso! Isso vai gerar efeitos sobre a vida das pessoas dessas comunidades e é algo muito difícil de se lidar, de se trabalhar, de se elaborar dentro do mundo religioso! Os detalhes das roupas, dos vestimentos, dos hábitos, das orações, da forma como cada grupo religioso vai revestir a prática do grupo armado, revestir em termos de proteção, de garantia, de segurança, de alguma forma, trazer conforto e segurança para esses grupos armados, essas formas vão variar, vão se diferenciar de acordo com as lideranças ali presentes, de acordo com a dinâmica interativa dessas igrejas e dessas famílias e desses grupos. Então, é possível identificar isso, mas tem que fazer um trabalho de campo minucioso, de acompanhamento, para saber, para conhecer, ter essa dinâmica muito presente no mundo da interação entre grupo religioso e grupos armados.
Washington Clark dos Santos:Considerando o modelo de dominação constatado e descrito em suas pesquisas, o qual vincula elementos legais e ilegais, violência e clientelismo, podes destacar exemplos específicos de cooptação religiosa pelas milícias no Rio de Janeiro?
José Cláudio Souza Alves:É muito comum estruturas familiares de poder na Baixada, em vários municípios, não é só em um município! As estruturas familiares têm um histórico calcado no mundo evangélico, de lideranças constituídas ao longo do tempo no mundo evangélico que, a partir da sua atuação, da sua penetração na dimensão, a política pública de organização, de proteção dos mais frágeis, de benefício, de alguma forma são benefícios para esses mais frágeis, de proteção, de acompanhamento, de ajuda financeira, de ajuda em termos de acompanhamento emocional, psíquico, em termos de recursos materiais, de proteção mesmo para essas famílias, esses grupos evangélicos vão se conectar com a estrutura política e, nessa estrutura política, o mundo miliciano é muito forte, é muito presente! Esses milicianos possuem uma base financeira muito grande! De onde vem essa base financeira? Das cobranças de taxas! Toda extorsão que é praticada pela estrutura miliciana lhe dá muito recurso financeiro! Também, a milícia vai acessar bens, por exemplo; a venda de imóveis, a ocupação de territórios e terrenos. Há toda uma dimensão habitacional - que é muito cara! - que vai ser acessada pela milícia como, também, os outros negócios todos que a milícia desenvolve vão permitir o acesso a um conjunto razoável de recursos financeiros e esses recursos financeiros normalmente são empregados em campanhas eleitorais, compra de votos, campanha mesmo, explícita! Tudo isso é muito marcado pelo recurso financeiro, pela projeção que a grana dá a esses candidatos! Então, famílias que se constituíram ao longo do tempo dentro do mundo religioso vão também se constituir como contatos e aproximações com o mundo miliciano. E esse mundo miliciano é um mundo que vai interagir fortemente com a estrutura religiosa e permitir a colocação de membros do mundo religioso, evangélico fundamentalmente - esse é o grupo religioso que mais se projeta nessa estrutura- eles vão ser colocados em cargos da prefeitura, como secretarias, subsecretarias, cargos políticos, cargos indicados pelo prefeito, tudo tendo uma contabilidade de votos e de projeção a partir do mundo das igrejas evangélicas. Isso é muito comum! Isso é visível em vários municípios! E a partir, então, dessas indicações, da presença dessas pessoas, desses nomes, eles vão facilmente acessar um conjunto de benefícios, de ganhos, de negócios, de acordos muito amplos e que vai permitir um fortalecimento e o crescimento cada vez maior dessa estrutura de poder de grupos armados, notadamente a milícia e de grupos evangélicos que passam, - eu não estou dizendo que os evangélicos sejam milicianos! - Estou dizendo que há uma mediação feita pela estrutura do poder político público, especialmente da prefeitura, câmara de vereadores também, o Legislativo, também! Então o legislativo e executivo estão muito conectados com estruturas de poder que vão fortalecer a estrutura religiosa evangélica! Vai dar projeção para essa estrutura e, ao mesmo tempo, vai se conectar com uma estrutura de poder que vem dos grupos armados, no caso, da milícia! Isso é muito observado na Baixada e nos seus municípios!
Washington Clark dos Santos:Honoráveis Ouvintes! Estamos encerrando o primeiro bloco desta entrevista. Sou Washington Clark dos Santos, seu anfitrião, abordando com o professor José Cláudio Souza Alves a conexão entre religiões e a criminalidade em comunidades do Rio de Janeiro. Nossa conversa terá continuidade na próxima semana. Aguarde e confira! Acesse nosso website e saiba mais sobre este conteúdo nos links de pesquisa! Inscreva-se e compartilhe nosso propósito! Será um prazer ter a sua colaboração! Pela sua audiência, muito obrigado e até a próxima!