Episode 124

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21st Mar 2025

GOVERNANÇA GEOESPACIAL: UM NOVO PARADIGMA NA SEGURANÇA PÚBLICA

Neste conteúdo, com a participação de GEORGE SERRA, navegaremos na interseção entre tecnologia e segurança pública, explorando como a Inteligência Geográfica pode revolucionar o enfrentamento dos desafios na gestão de segurança. Nosso convidado, especialista em geotecnologias, nos ajudará a entender como soluções e estratégias baseadas em coleta e processamento de imagens de satélites podem transformar a realidade brasileira, trazendo mais eficiência, planejamento e governança para as instituições de segurança pública. Confira como a geotecnologia pode ser uma grande aliada no combate ao crime e na proteção de nossas comunidades. Saiba mais em www.hextramurospodcast.com!

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Transcript
ANFITRIÃO:

Honoráveis ouvintes! Sejam muito bem-vindos a mais um episódio do Hextramuros! Sou Washington Clark dos Santos, seu anfitrião! No conteúdo de hoje navegaremos na interseção entre tecnologia e segurança pública, explorando como a inteligência geográfica pode revolucionar o enfrentamento dos desafios na gestão de segurança. Para enriquecer essa discussão, recebemos George Serra, especialista em Geotecnologias, que nos ajudará a entender como soluções e estratégias baseadas em coleta e processamento de imagens de satélites podem transformar a realidade brasileira, trazendo mais eficiência, planejamento e governança para as instituições de segurança pública. Será uma conversa para explorar os conhecimentos deste profissional e mostrar como a geotecnologia pode ser uma grande aliada no combate ao crime e na proteção de nossas comunidades! No privilégio de contar com a sua participação, George, o saúdo com as minhas boas-vindas, agradecendo por você ter aceitado ao convite! Na satisfação deste reencontro, peço que se apresente por favor e, em seguida nos explique o que é Governança Geoespacial e como este conceito, no âmbito da segurança pública, se vincula ao termo Inteligência Geográfica:

CONVIDADO:

Muito obrigado pelo convite, Dr. Clark! É um prazer participar e compartilhar um pouco da minha experiência sobre Geotecnologias aplicadas à segurança pública! Esse ano eu completo 30 anos como profissional de Geotecnologias. Eu atuo como professor na área, já atuei como consultor, instrutor e gestor de projetos no Brasil e no exterior. Já atuei em projetos para empresas de mercado e governo. Também, projetos acadêmicos. Atualmente sou gerente de contas da empresa Hex (360), de Brasília, no segmento Cidades Inteligentes e Resilientes. E essa pergunta sobre Governança Geoespacial é muito interessante, porque hoje é um novo segmento que está surgindo! O conceito de Governança Geoespacial é relacionado a você envolver a gestão eficiente dos dados espaciais e tabulares e outras formas de dados para tomada de decisão mais assertiva. No âmbito da segurança pública, isso significa organizar e utilizar informações espaciais para otimizar a estratégia das forças de segurança, prevenindo e combatendo o crime com base em análises geoespaciais integradas. Integração esta a outras tecnologias, desde técnicas avançadas de estatística até a componente da Geoestatística e Estatística Espacial, a integração com elementos de IoT, que é a Internet das coisas que, hoje, nós chamamos de Geo-IoT, na integração com analíticos de câmeras e algoritmos de detecção de mudanças e muitas outras tecnologias que nós temos hoje para fortalecer e amadurecer esse conceito. Com relação a outra parte da pergunta, eu acredito que a Inteligência Geográfica remete ao uso de tecnologias espaciais como geoprocessamento, sensoriamento remoto, sistema de monitoramento global por satélites, como é o caso do GNSS, que é mais amplo que o próprio GPS, e análises espaciais, sejam estas vetoriais ou matriciais, com suas metodologias e procedimentos e, todas estas, na obtenção de coleta de amostras georreferenciadas, a sua interpolação e, a partir dessas análises, a identificação de padrões criminais, a otimização de recursos e o aumento da eficácia das ações de segurança, seja pública ou privada.

ANFITRIÃO:

Como o mapeamento geográfico pode aprimorar e acelerar no desenvolvimento de estratégias e políticas públicas mais eficazes para a prevenção e redução da criminalidade?

CONVIDADO:

O mapeamento geográfico aprimora a prevenção da criminalidade ao permitir a identificação, o monitoramento e a delimitação de determinados locais com alto índice de criminalidade, que nós chamamos de “hot spots criminais”.

Essas ações orientadas e ostensivas dos órgãos de segurança pública levam à eficácia operacional contra esses delitos e marginais, além de preservar a segurança da população nessas ações e dos próprios agentes envolvidos. Também há a delimitação de áreas com segmentações de baixo e médio potencial para ações de mitigação, sejam com o policiamento ostensivo ou ações preventivas de apoio social e educacional em apoio à comunidade. Com base nesses dados é possível distribuir efetivos de forma mais estratégica, criar operações mais eficazes e direcionar políticas públicas para locais que realmente precisam de maior atenção. Também é possível cruzar dados de diferentes bases, sejam estas públicas, privadas ou coletadas em campo, utilizando software de sistemas de informações geográficas conhecidos como SIG para usar técnicas de análise avançada como estatística, geoestatística, estatística espacial, todas essas no estudo de tendências e comportamentos criminais para atuar preventivamente na redução e ocorrência de delitos.

ANFITRIÃO:

Na sua visão e experiência, quais são os principais benefícios operacionais e estratégicos que a geotecnologia oferece para as instituições de segurança pública?

CONVIDADO:

Eu acredito que os principais benefícios, sejam operacionais ou estratégicos, que as geotecnologias forneçam à segurança pública passam, inicialmente, por planejamento operacional de patrulhamento. Com base em dados geoespaciais, hoje é possível otimizar rotas de policiamento, criar as chamadas de “Geofenses”, que são conceitos de cercas eletrônicas digitais, ter rotas operacionais mais assertivas com a identificação de locais mais propensos a crimes, a identificação automática de delinquentes e assim por diante. Outro ponto que a gente pode considerar, também, é a análise de padrões criminais: hoje nós temos muitas técnicas avançadas que usam esses mapas digitais com essa vertente inteligente para identificar padrões e tendências na criminalidade. Esses dados, em sua maioria, são públicos ou podem ser privados ou coletados em campo e esses dados vão servir para ações sejam ostensivas, ou sejam de prevenção. Outra possibilidade também é o monitoramento em tempo real: hoje é uma tendência essa integração dos elementos geográficos com os sensores e câmeras, que a gente chama de Geo IoT, para monitoramento, comunicação e respostas rápidas a ações emergenciais. Muitos desses elementos estão nos Centros Integrados de Comando e Controle ou os centros de cooperação da cidade. Esses elementos, esses centros, eles são desde ações do Estado com a Polícia Militar, Bombeiros e outros órgãos, até ações também municipais, que integram a Guarda Civil Municipal. Outro elemento é a integração, a interoperabilidade entre os dados: a consolidação de bases de dados distintas para análises mais aprofundadas. Isto envolve, também, uma questão de acordo de cooperação técnica e capacitação com órgãos públicos e universidade, provendo a esses órgãos de segurança metodologias que possam mitigar problemas, sejam da criminalidade específica até questões ambientais! Então, hoje, entra dentro de um conceito também de você poder prevenir e salvaguardar as populações diante de deslizamentos e desbarrancamentos! Tudo isso, entra dentro de um conceito, também, de segurança! E outro, a vertente, também, apoio a investigação, o fornecimento de evidências, sejam elas espaciais, hoje; metadados de imagem de satélite, medições de drones, eles servem, dentro do contexto jurídico, para provas de investigações criminais. Então, desde a amostra georreferenciada coletada em campo até imagens de satélites, drones integrados a esse conceito de Geo IoT dão apoio a investigação, reduz o tempo de ação, aumenta a precisão e, consequente, a tomada de ação para

ações de detecção e mitigação.

ANFITRIÃO:

Você pode compartilhar alguma experiência marcante na qual o uso da geotecnologia foi determinante para a melhoria nos serviços de segurança pública?

CONVIDADO:

Sim, claro! Ao longo desses anos, há muitas histórias a serem contadas. Por exemplo; em um projeto realizado em uma grande metrópole, utilizamos imagem de satélite de alta resolução, combinadas com dados de ocorrências criminais coletadas em campo para identificar corredores de tráfico de drogas, por exemplo! A partir dessas análises, as forças policiais conseguiram bloquear rotas, otimizar a logística do policiamento e aumentar a fiscalização de forma precisa, reduzindo drasticamente a atividade criminosa na região em poucos meses! Outra situação foi onde nós usamos a Geotecnologia em apoio aos órgãos de segurança para ação de intervenção em uma grande invasão dominada por facções. Para quem trabalha com essa parte de monitoramento de invasões sabe que é muito complexo e envolve toda uma componente social em que muitas vezes os marginais colocam a população, usando a mídia, usando determinados segmentos para causar uma comoção! Só que, ali, nós temos diversos crimes instaurados! Nós temos desde o crime ambiental, que é o desmatamento ocorrido, até mesmo a invasão de terreno público ou privado. Há coação dessas pessoas e, dentro daquele local, há venda de drogas e assim por diante! Então, essa ação de apoio a esses órgãos de segurança, nessa intervenção, dessa grande invasão, nós usamos a dinâmica da coleta e edição de imagens de satélite históricas. Então, a gente tinha décadas de imageamento para poder comprovar, acompanhar todo o crescimento da invasão e servir, também, de arcabouço jurídico contra uma ação de usucapião. Ou seja, nós conseguimos identificar, medir e ter todo o controle do crescimento daquela invasão! Também usamos algoritmos de inteligência artificial para identificar e quantificar as ocupações, os barracos, a ocupação subnormal, servindo de referência para as ações sociais, as equipes sociais e de logística de mudança para que as pessoas conseguissem tirar suas coisas do local. Esses dados espaciais com as imagens e os drones serviram para o mapeamento cartográfico da região e também na delimitação de pontos de posicionamento estratégico para que no momento da invasão fosse impedido a evasão dos traficantes e a possível detenção destes. Há também outros casos usados para delimitar e identificar crimes ambientais relacionados a desmatamento, queimada, mineração ilegal, invasão de áreas indígenas. Tudo isso usando o mapas digitais, imagens até de alta resolução espacial e temporal! - é interessante dizer isso -, tanto a precisão, o detalhe, quanto a frequência de imageamento local, assim como sistema de posicionamento global, o GNSS, entre outros, para você poder mitigar essas ações e problemas.

ANFITRIÃO:

Que inovações ou tendências da geotecnologia poderíamos já aplicar na segurança pública? Tais aplicações demandam altos investimentos?

CONVIDADO:

A evolução das geotecnologias apontam cada vez mais para uma interoperabilidade. Interoperabilidade essa com foco em plataforma de governança espacial, Inteligência Artificial focadas ou com referência na análise preditiva de crimes. Essas também podem ser complementadas com algoritmos de detecção de mudanças, analíticos integrados a câmeras, técnicas de análise avançada, como a estatística e a estatística espacial, que permitem que as forças de segurança atuem de maneira proativa, estratégica e com foco na segurança efetiva da população. Essas soluções podem ser implementadas com investimentos escaláveis, indo desde projetos menores, como a análise de câmeras de segurança, hoje já, com uma inteligência via analíticos, até grandes sistemas integrados de monitoramento urbano! O interessante é a inversão dos conceitos, ou seja, foram instalados vários centros integrados de comando e controle, os chamados CICCs, sejam do Estado ou da Prefeitura, órgãos militares ou municipais, com Guarda Civil Municipal, onde inicialmente havia o monitoramento estanque feito com câmeras. Mas, hoje em dia, o cerne dessa inovação e gestão passa pelas plataformas de governança. Falando assim, como um exemplo, é o caso do SKYNET, da empresa HEX 360: ele permite a integração de todas essas tecnologias citadas, com foco na dinâmica geoespacial e no atendimento às demandas de segurança. Então, a gente sai daquela análise, antes 2D, e passa agora para uma análise preditiva, com elementos 3D e, dentro dessa dinâmica da coleta e uso das informações, a gente incorpora o elemento temporal e aí começa a trabalhar também com a componente 4D. Então, hoje em dia, o conceito da plataforma orquestrando todos esses elementos associados é o que está sendo considerado como o mais efetivo na inovação dessas questões de tendências dentro das geotecnologias.

ANFITRIÃO:

Está correta a interpretação de que imagens de satélite oferecem capacidades de monitoramento em tempo quase real? Como isso pode ser aproveitado pelas forças de segurança em situações como identificação de áreas de conflito ou monitoramento de atividades ilícitas em regiões de fronteira e ou de difícil acesso?

CONVIDADO:

Sim! Hoje, as imagens de satélite podem oferecer um monitoramento em quase tempo real, especialmente com o uso de constelações de nano satélite geoestacionário. Ou seja, a gente migrou daquele conceito de satélites estanques para constelações de satélite! E estas constelações geram imagens com alta frequência de revisita aos locais, chegando a resoluções temporais de várias coberturas no mesmo dia do local analisado. Então, na segurança pública, essa tecnologia é essencial para o monitoramento de fronteiras, identificação de movimentações suspeitas e resposta rápida a eventos como conflitos armados e atividades criminosas em regiões remotas. Mas a questão do tempo real que instiga a todos seria pela soma de ações integradas entre essas tecnologias espaciais ou não espaciais. Quando a gente combina as imagens de satélite de média, de alta resolução espacial, de alta resolução temporal com drones, câmeras com analíticos de identificação automática, esses algoritmos de identificação de mudanças, essa componente temporal seria atendida de forma mais precisa! Aí, nós chegaríamos a esse conceito de um monitoramento em tempo real! A soma dessas tecnologias nos permitiriam essa possibilidade.

ANFITRIÃO:

Considerando as potencialidades do censuramento remoto, acreditas que o incremento na utilização deste pode realmente interferir na capacidade de combate a crimes ambientais, como desmatamento e mineração ilegal no Brasil?

CONVIDADO:

Com certeza! O sensoriamento remoto, seja orbital ou por aerolevantamento, tripulado por aviões ou não tripulado, como os drones e o VANTs, são ferramentas indispensáveis no combate a crimes ambientais! Com imagem de satélite de média resolução, por exemplo, e atreladas ao uso de algoritmo de detecção automática, é possível ter uma noção mais geral na identificação de desmatamentos, queimadas ou elementos de mineração ilegal. Isso, em tempo hábil para uma intervenção! Em complementação, você pode usar formas de detalhamento mais preciso com o uso de imagem de satélite de alta resolução! A gente está falando de precisões centimétricas, resoluções centimétricas em conjunto com drones! Esses elementos nos permitem que sejam feitas medidas: área, distância, altura e o uso dos metadados, que são as informações sobre esses elementos, servem hoje já como como comprovação jurídica. E o Brasil tem utilizado essa tecnologia para fiscalizar seus biomas, seja o desmatamento e queimadas na Amazônia, sejam as queimadas que acontecem no Cerrado, seja a detecção de minérios ilegais em áreas indígenas. E tudo isso aumenta a eficácia das ações ambientais e potencializa as ações das equipes para atuar na prevenção e mitigação desse tipo de crime.

ANFITRIÃO:

Meu caro, estamos chegando ao final desta nossa conversa. Honrado pela sua participação e esclarecimentos, reitero meus agradecimentos pela sua generosidade em compartilhar conosco seus conhecimentos! Despedindo-me, deixo este espaço para suas considerações finais. Fraterno abraço!

CONVIDADO:

Usar o avanço das soluções de monitoramento da inteligência artificial e de análises geoespaciais avançadas tornaram as cidades mais seguras e resilientes, assim como a maior agilidade e precisão no monitoramento do nosso imenso território! Então, investir nessas tecnologias é investir no futuro da segurança pública! Isso é muito importante para a segurança da população, para preservar os nossos agentes públicos! Esse planejamento, essa inteligência operacional é o foco dessa integração desses elementos com DNA do georreferenciamento. Eu agradeço novamente pelo convite! Espero que esse debate possa inspirar novas iniciativas e colaborações! Fico à disposição para esclarecimentos e, mais uma vez, obrigado e me ponho a disposição!

ANFITRIÃO:

Honoráveis Ouvintes! Este foi mais um episódio do Hextramuros! Sou Washington Clark dos Santos, seu anfitrião! No conteúdo de hoje, em uma conversa com George Serra, especialista em Geotecnologias, navegamos na interseção entre tecnologia e segurança pública, explorando como a inteligência geográfica pode revolucionar o enfrentamento dos desafios da segurança pública. Acesse nosso web site! Saiba mais sobre este conteúdo e compartilhe nosso propósito! Será um prazer ter a sua colaboração! Pela sua audiência, muito obrigado e até a próxima!

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About the Podcast

Hextramuros Podcast
Vozes conectando propósitos, valores e soluções.
Ambiente para narrativas, diálogos e entrevistas com operadores, pensadores e gestores de instituições de segurança pública, no intuito de estabelecer e/ou ampliar a conexão com os fornecedores de soluções, produtos e serviços direcionados à área.
Trata-se, também, de espaço em que este subscritor, lastreado na vivência profissional e experiência amealhada nas jornadas no serviço público, busca conduzir (re)encontros, promover ideias e construir cenários para a aproximação entre a academia, a indústria e as forças de segurança.

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Washington Clark Santos

Produtor e Anfitrião.
Foi servidor público do estado de Minas Gerais entre 1984 e 1988, atuando como Soldado da Polícia Militar e Detetive da Polícia Civil.
Como Agente de Polícia Federal, foi lotado no Mato Grosso e em Minas Gerais, entre 1988 e 2005, ano em que tomou posse como Delegado de Polícia Federal, cargo no qual foi lotado em Mato Grosso - DELINST -, Distrito Federal - SEEC/ANP -, e MG.
Cedido ao Ministério da Justiça, foi Diretor da Penitenciária Federal de Campo Grande/MS, de 2009 a 2011, Coordenador Geral de Inteligência Penitenciária, do Sistema Penitenciário Federal, de 2011 a 2013.
Atuou como Coordenador Geral de Tecnologia da Informação da PF, entre 2013 e 2015, ano em que retornou para a Superintendência Regional em Minas Gerais, se aposentando em fevereiro de 2016. No mesmo ano, iniciou jornada na Subsecretaria de Segurança Prisional, na SEAP/MG, onde permaneceu até janeiro de 2019, ano em que assumiu a Diretoria de Inteligência Penitenciária do DEPEN/MJSP. De novembro de 2020 a setembro de 2022, cumpriu missão na Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, no Ministério da Economia e, posteriormente, no Ministério do Trabalho e Previdência.
A partir de janeiro de 2023, atua na iniciativa privada, como consultor e assessor empresarial, nos segmentos de Inteligência, Segurança Pública e Tecnologia.